Não sei o porque, mas quando a ouço consigo ver tudo o que me faz feliz, me faz sentir pequenas pontadas no coração, saudade, medo, ansiedade, angústia e mesmo assim, a felicidade, plena eu diria.
Fazia tempo que não sentia vontade de escrever, preferi me fechar um pouco no mundo da leitura, ver novos horizontes, procurar alguma inspiração. E ela sempre vem na hora certa, no momento certo, neste caso, no final de semana certo.
Como gosto de viver sem sentir aquela necessidade de viver, apenas sentir o vento nas costas, o sol aquecendo e arrepiando cada pêlo do corpo, sem pressa, sem tempo, sem obrigações. As imagens podem chegar ao acaso, os pensamentos acontecem lentamente, deixando espaço apenas para os sentidos.
"Ela tem um certo brilho de criança no olhar, com uma meiguice extrema, um coração puro, um sorriso encantador, atenciosa, mulher, linda de todas as formas e o melhor de tudo, ela existe. Talvez não exista apenas para mim, ou talvez queira existir para um outro alguém; mas não importa, o simples fato de saber que ela existe já é o bastante para me fazer feliz."
Hoje acordei com uma paz enorme, mas como uma boa libriana essa paz trouxe um certo desconforto, acredito que algo parecido com medo, um tal receio de perder algo que nunca se teve. Enfim, já me acostumei com isso, perder já não é algo tão desesperador.
E quando a música termina eu apero o play novamente, apenas para poder sentir tudo de novo.
