Um pedacinho da minha alma...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Minha Vida!

Ultimamente eu tenho tido uma sensação estranha, como se eu estivesse boiando na superfície de um oceano, onde sinto a água invadindo meus ouvidos, deixando meus pensamentos em evidência.
Me sinto dispersa, não consigo reunir as palavras, a fala é lenta e quase mecânica.

Não que isso seja algo ruim, pelo contrário, tenho tido momentos mais "meus", onde ninguém sabe o que se passa nos meus pensamentos, não sinto mais aquela necessidade de explodir as linhas com palavras como antes. Ou melhor, as vezes tenho é vontade de gritar ao mundo, escrever é muito sutil, ando com vontade de regurgitar toda a felicidade que anda habitando meus sentidos.

Talvez não seja uma fase, essa falta de palavras pode ser minha mente pregando uma peça, ela insiste em me convencer de que tudo é extremamente explicável, de que a razão e o raciocínio são as formas mais seguras de viver. Ela não entende que os sentimentos movem o mundo, fazem o coração parecer sim uma escola de samba, o amor traz de volta todos os sonhos adormecidos, e digo mais, o amor cria sonhos a todos os minutos.
Não posso tornar essa felicidade um "mito", talvez eu tenha medo de que as palavras destruam esse momento, ou talvez eu tenha parado de inventar histórias, porque agora chegou a minha vez de viver uma. Não que eu invente, na verdade todos os meus textos são parte de mi, são momentos, experiências, medos, dúvidas e pensamentos. Pois é, essa é a palavra, DIVIDIR.

Nunca dividi com ninguém o que eu tenho aqui dentro, encontrei nas palavras uma forma saudável de não me sentir sobrecarregada de sentimentos, nada em excesso faz bem. No final acabava dividindo isso com quem lia, com quem se importava ou até se identificava. Acho que foi isso que me fez escrever hoje, sinto que devo continuar, mas de uma forma diferente.

Hoje eu já não preciso suportar tudo sozinha, na verdade não me sinto mais sozinha. Tenho uma pessoa que se importa quando eu falo um pouco menos, quando eu demoro pra responder uma mensagem ou quando meu tom de voz muda. Encontrei alguém que realmente se importa com o que eu sinto, que tem paciência de expor seus pensamentos sem me magoar, que me conta até o banal, pela simples vontade de dividir. Você me tornou uma pessoa mais doce, me fez ser mais paciente, mais compreensiva e mais sorridente. Se preocupa até se eu bebo água, zela pelo meu bem estar e pela minha saúde. Compartilha seus sonhos comigo, me inclui em todos eles, me olha bem fundo nos olhos, me faz sentir segura em seu abraço. Uma dupla, um time, uma parceria. Somos quatro mãos, dois corações e agora, uma vida.

Não consigo mais visualizar a Amanda de alguns meses atrás, na verdade não tenho a mínima vontade, pois me tornei e venho me tornando uma pessoa muito melhor. E no final o amor é isso, é leve, é construtivo, é renovador, é limpo, é impulsionador e verdadeiro.

Eu te disse que não passaria um só dia sem dizer o quanto te amo e te respeito. Estamos juntas meu amor, minha vida.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Reciclar

Estou voltando de férias, digo isso porque não tirei férias só do trabalho, tirei férias dos meus medos, das minhas manias e dos meus costumes.
Foram dias em que eu deixei de lado minha mania contínua de conter em palavras meus sentimentos, não que eu me privasse de sentir, pelo contrário, eu sempre senti demais e vivi de menos, dessa vez deixei as palavras de lado e me dediquei a deixar meu coração respirar.
Desvendei minhas armaduras, joguei fora todas as minhas armas, me permiti voltar a sonhar e acreditar novamente em sonhos adormecidos. Me reencontrei.
O resultado disso está estampado no meu rosto, há muito tempo não sorria verdadeiramente, com o coração. Volto com novos propósitos, novos sonhos e uma força incontrolável em realiza-los. Ainda não me sinto a vontade para revelar o motivo, mas adianto que finalmente me sinto em casa, viva, como se finalmente tivesse encontrado meu caminho, meu lugar.
Novos projetos, novas idéias, muitos sentimentos e muita, mais muita felicidade.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cada erro, um acerto.

"Nem sempre acertamos de primeira quando tentamos algo novo, não deveríamos esquecer disso, afinal, quem conseguiu amarrar os sapatos na primeira tentativa?, quem conseguiu assobiar ou soltar a primeira bolha de sabão com um só sopro?. Não conheço quem tenha começado a andar de bicicleta sem rodinhas na primeira pedalada, quem tenha dito a primeira palavra corretamente ou quem tenha acertado de cara a primeira equação matemática.
Estendendo isso para a vida fica muito mais fácil transformar decepções em aprendizado, ninguém nasce sabendo, claro que existem exceções, há sempre quem tenha acertado algo de primeira, sorte ou aptidão?
Hoje consigo agradecer por cada erro que cometi, e até mesmo os que cometeram comigo, pelo menos sobram menos opções para os caminhos certos, pois a maioria dos errados eu já trilhei. Tenho uma noção boa do que eu quero para a minha vida, mas tenho a certeza absoluta do que eu não quero.
Levo comigo mais uma frase significativa: Cada erro, um acerto."

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O amor

Provar-se a si mesmo já é algo bem difícil, provar-se para o outro se torna cansativo e maçante. Devemos isso a nós seres humanos, que passamos a usar o amor para machucar o outro, abrir feridas profundas que muitas vezes são impossíveis de cicatrizar.
O amor foi feito para ser usado como defesa, como solução e não como uma arma destrutiva.
Eu acredito que o amor cure, mas como fazer isso se a cada dia mais ele é visto como uma ameaça?
As pessoas perderam a noção do que é verdadeiro, uns usam os outros, criam um "falso amor" que dilacera, a mentira é tão real que os próprios protagonistas acreditam fielmente.
Ilusão.
Personagens, cenários, situações, cenas, todas mentirosas e muito convincentes. Não se esqueça que existem dois tipos de aplausos, os de admiração e o simples "bater palmas". Muitas vezes o silêncio é mais verdadeiro e construtivo.
Quem é quem?
Essa é a questão do momento, não deveria, mas como não duvidar do outro se a maioria não consegue ter controle sobre si mesmo?
A partir do momento que você traça metas, usa a força de vontade como aliada, passa por cima do seu próprio sentimento para não machucar o outro, abre mão da sua felicidade pela do outro, ai sim você começa a ter idéia do que é amar.
Mas como amar uma pessoa que perdeu completamente a confiança no outro?
Chega a ser hilário fazer essa pergunta, porque há alguns meses atrás eu me encontrava nessa mesma posição.
Não sei a resposta certa, não existem fórmulas quando falamos do amor, eu só sei que vou continuar acreditando que ele é o único que pode curar.

Eu me curei, quando aprendi a me amar.

A imensidão

Vejo uma tela pintada em tons escuros, um azul quase negro, de uma perfeição quase indescritível. Existem pequenos furos nesse tecido plano, uns maiores do que os outros, cada com sua intensidade luminosa, como quando a luz encontra um pequeno espaço para a fuga, e com toda sua força tenta invadir e ultrapassar aquela pequena extremidade.
Quando foco um ponto cego no horizonte começo a perceber que existem pequenos fios brilhantes, quase imperceptíveis a olho nu, eles se desprendem do pequenos furos feitos na imensidão negra. Ergo a cabeça e contemplo o que parecem linhas ligando o céu e a terra, quase como se estivessem sido costurados. A sensação é como se eu estivesse no meio de um grande tecido escuro e dobrado.
A noite não é mais tão ameaçadora quando o silêncio passa a se transformar em uma música oscilante, sem notas, sem regras, apenas a voz do universo se aprofundando nos ouvidos. Eu me deito e simplesmente deixo com que sua música faça parte de mim.
Me sinto como num berço, com movimentos irregulares, mas confortantes. Consigo ouvir tudo o que vem de longe, uma sinfonia mágica, a única coisa que me desperta é o barulho úmido da madeira rangendo sob meu corpo.
O ritmo das ondas adormece meus pensamentos, é como se aquele céu estrelado fosse a extensão da minha mente e agora de fora eu pudesse observar cada momento separadamente, sem a junção de acontecimentos e sem a interferência que alguns sentimentos provocam. Como se cada ponto luminoso no céu fosse um momento da minha vida.
Claramente vejo uns se ligando aos outros, os pontinhos menores são as lembranças mais antigas, alguns deles começam a traçar uma linha dourada, ligando-se a alguns momentos mais recentes, mais brilhantes. Os fios dourados se multiplicam rapidamente, quase não consigo acompanhar, como se todas as respostas viessem a tona, respostas de perguntas que nem mesmo eu pensei em um dia fazer.
Desfocando o olhar eu começo a desvendar uma forma, são os fios dourados, todos os ligamentos feitos por ele se tornam mais nítidos. É lindo, mesmo com alguns pontos faltando. Como se fosse um daqueles desenhos que fazemos quando criança, onde ligamos os pontos, um a um, para que no final ele se transforme em uma figura delicada, e com lápis de cor possamos colori-los a nossa maneira.
Neste acaso ainda faltam alguns pontos, mas mesmo assim consigo enxergar o que está se formando. Meu rosto, um pouco diferente do que estou acostumada, em tons de dourado e o fundo negro que aquele céu desenhou.
Os traços que faltam logo serão preenchidos, quem sabe quando mais alguns acontecimentos me trouxerem respostas, um a um, me transformando no que realmente serei.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Seis anos.

O dia está exatamente igual há 6 anos atrás, ensolarado, não existe uma só nuvem no céu azul, e o vento gelado corta o calor que o sol provoca na pele.
As lembranças começam a surgir ao abrir a janela, ao entrar no carro e automaticamente ouvir a mesma rádio, nada mudou, a saudade não passa. A coisa mais difícil que aprendi foi transformar o sentimento egoísta da saudade em amor, eu digo egoísta porque é sempre aquele que fica que sente falta, que se descabela e se revolta, eu não. Alguns dizem que é frieza, eu digo que é amor. O amor não acaba, na verdade ele se fortalece, quer prova maior do que a distância de um tempo incalculável?
É engraçado, eu sinto falta de tudo o que me deixava próxima, assistir televisão deitada nas suas pernas, acordar cedo no sábado para pintar seu cabelo, ajudar a preparar o almoço, fazer supermercado, ouvir o barulho do secador logo cedo, te maquiar para um evento e ver seus dedos deslizando sobre cada tecla do piano.
São tantas lembranças, ainda bem que meu coração é cheio delas, eu tive a sorte de ter minha melhor amiga do meu lado desde que nasci, isso não tem preço.
Vivemos coisas que ninguém imagina, passamos juntas por dificuldades, e essa é a diferença. Estávamos sempre juntas, uma dando apoio para a outra, eu não poderia ter escolhido uma mãe mais maravilhosa nesse mundo inteiro.
Seu caráter sempre foi incontestável, foi assim que aprendi que não importa o que fazem com você, o importante é o que você faz para os outros. Se eu pudesse escolher apenas uma qualidade sua, eu escolheria o seu amor incondicional pelo mundo, a forma como tratava todas as pessoas, o olhar doce que vinha junto com palavras sempre sábias.
Acho que sinto mais falta ainda por ser a única pessoa no mundo que eu realmente conhecia, que eu realmente admirava e me espelhava. Quem te conheceu sabe do que estou falando, você sempre foi única, uma pessoa cheia de luz, com uma alegria que contrastava com os reais acontecimentos de nossas vidas. Sempre pronta a ajudar quem quer que fosse, sempre dando o mesmo amor independente da raça, da posição social ou qualquer outro motivo besta para separar as pessoas. Foi dai que tirei minha força, que aprendi a sorrir verdadeiramente, a ver o real motivo da vida, a nunca reclamar, apenas agradecer. Foi observando você que aprendi a não julgar, a estender a mão, a fazer as coisas por prazer e nunca por obrigação. Foi do seu amor que tirei satisfação de ser útil, que aprendi que juntos podemos sim mudar alguma coisa, foi com o seu sorriso que me tornei amável e que aprendi a fazer uma bondade sem gritar ao mundo, afinal não importa quem vê, o importante é sempre aquela paz gostosa que invade o coração.
Não importa quantos tapas a vida te dê, você pode não perceber, mas certamente mereceu todos eles, então pra que chorar? O melhor é agradecer a oportunidade de crescer, usar a dor como uma forma de se impulsionar para a melhor.

Foram tantas lições, tanto aprendizado, você construiu meu caráter, moldou minha índole, mudou minha vida.

Enfim, o dia de hoje me faz pensar que eu tive realmente muita sorte de ter tido você do meu lado, e ainda tenho. Sei que quando chegar a hora estaremos frente a frente, num longo abraço, onde eu apenas direi: Obrigada! Eu amo você!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Entrelinhas


Sofrer com o peso de nunca ter sonhado, de não ter vivido, amado ou se machucado.
A vida escorre pelas entrelinhas, ganhar também trás perdas, viver ter suas mortes, como diria uma canção.
Carregar o que não foi dito, ficar de cara com o que se afirma a cada momento, sentir o impensado pressionando os olhos.

A melodia mais forte e intensa que existir, não uma vida dedilhada. Sentir a dor que as pedras provocam em meus pés e não apenas caminhar. Ter o destino certo, independente do caminho a escolher.
Viver por viver não cabe, é preciso arriscar pela felicidade.
Não a felicidade conhecida, cada um sabe o que faz brotar dentro de si.

Esquecer o que magoou, perdoar o que restou, conquistar o que se aprendeu e amar o que está por vir.
Virar as páginas sem medo de encontrar o próximo capítulo, o poder de passar as folhas, apenas folhear. Voltar ao início para doer a saudade, mas nunca chegar diretamente ao final, as palavras perdem o sentido quando são lidas separadamente.

Ler com calma, reler, escrever um novo final....tudo pode quando a alma pede.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Paciência

Eu tento exercitar minha paciência, mas em alguns dias tenho vontade de deixar ela de lado e dar uns bons gritos por ai.
Poxa, será que as pessoas não percebem que está tudo errado?
Pelo menos essa é a sensação que tenho, que o mundo está de ponta cabeça e ai de você se andar normalmente, o normal hoje é visto como inaceitável.
As poucas pessoas sensatas no mundo estão sendo afetadas diariamente, são machucadas, enganadas, feitas de bobas e logicamente se sente no direito de não acreditar mais em nada.
Promessas são usadas como se troca de roupa, juramentos são feitos da boca pra fora, mentiras são algo tão normal que tem gente que mente, sabe que mente e ainda se defende.
Não me julgo santa, muito menos perfeita, mas tento evoluir diariamente para não me igualar ao que mais vejo por ai.
Você se resguarda, cria uma carapaça inatingível para que ninguém ultrapasse, assim ninguém te fará mau. Isso é bom por um lado, mas é bem ruim por outro. Porque se você ganha um presente, sente tanto medo de abri-lo que deixa passar, fica ali só observando e admirando o embrulho, mas prefere passar a vida imaginando o conteúdo dele, do que realmente se arriscar a abri-lo.
Isso acontece muito com as pessoas que mais se protegem, eu sou uma delas, ou pelo menos era até um tempinho atrás.
Digo isso porque senti na pele o lado ruim de ser assim, imagina só o que acontece quando você encontra uma pessoa maravilhosa, que certamente foi muito machucada e obviamente tem todas as barreiras existentes para não se envolver. Alguém que não acredita em nada, nas pessoas, nas palavras, nas promessas, alguém que perdeu completamente a esperança no outro.
A vida é engraçada, quando não estamos nem ai para alguém, esse alguém faz de tudo para nos provar uma série de coisas. Quando estamos de coração aberto, prontos para entregar a essência que ainda vive aqui dentro, a pessoa está tão descrente que de nada adianta falar, provar ou tentar faze-la enxergar.
Na realidade eu não acredito em "fazer o outro ver" quem realmente somos, nunca tentei e sei que nunca irei tentar. É questão de sensibilidade, de "tocar", de se deixar tocar.
Mais é isso ai, os seres humanos estão conseguindo alterar todos os caminhos da vida, está tudo errado e vai continuar errado até que a vergonha de andar com os pés no chão seja cortada pela raiz.
Se os outros querem continuar andando de cabeça para baixo, deixe!
Mas não tenha vergonha de ser quem verdadeiramente é, não é porque se sente sozinho e diferente, que deve se igualar a maioria. Não é porque te deram uma apunhalada que deverá esquecer e duvidar de quem se é, do que se quer, do que espera do mundo.
Sempre existirá alguém semelhante, digo isso de boca cheia, porque encontrei poucas, mas grandes pessoas que certamente caminharão comigo lado a lado.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O som do pensamento

Eu tento bloquear alguns pensamentos da minha mente, mas quando acho que consegui eles surgem mais uma vez, como se existissem milhares de micro esferas vazadas, e de cada uma eles escorressem como água.
A sensação que tenho é de que meus dedos não dão conta de tapar cada buraco, e o dedilhar de cada tentativa me lembra uma sinfonia, como uma flauta gigante, onde cada lugar em que meus dedos encostam um novo som surge.
Sons desconhecidos, mas ao mesmo tempo familiares. Timbres diferentes, marcantes ou quase imperceptíveis. De uma hora para outra uma melodia se forma e não consigo prestar atenção em mais nada, estou hipnotizada novamente.
Mais uma vez ela me enganou, a melodia nada mais é do que a junção de todos os pensamentos que tento evitar, a água se transformou em ar e a simples tentativa de obstruir sua passagem gera um novo ruído.
Tento mais uma vez, desocupo minha mente de qualquer indício sonoro. Consigo alguns segundos de silêncio, mas quando menos espero o som se transforma em luz, pequenos, grandes e médios feixes de luz. Cada esfera produz uma cor diferente e por mais que eu tente, não consigo fazer as luzes pararem.
Parece uma dança luminosa, a sinfonia silenciosa permanece por algum tempo, eu abro os olhos e ainda consigo ver claramente cada orifício da minha mente, ora azul, ora lilás, amarelo, verde, roxo, são tantas as cores, um arco íris de pensamentos.
Pinto tudo de branco na falsa esperança de que vou conseguir controlar minha imaginação. Consegui, por mais 5 segundos é claro. Agora pequenos pontos pretos aparecem e desaparecem, minha parede branca está novamente cheia de pequenos buracos. Chego mais perto, olho atentamente dentro de cada um, vejo imagens diversas, são eles novamente, meus pensamentos.
Desisto.
Deixo meus olhos pesarem, meu corpo achar uma posição e me rendo. Me rendo a cada pensamento incessante, sem perceber adormeço em meio a eles, cansada e exausta de conte-los.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Alienação

Hoje estava fazendo uma pesquisa sobre “Alienação”, não sei bem porque esse tema me veio a cabeça, apenas digitei no Google e comecei a ler algumas matérias.
Levei um susto quando descobri uma síndrome denominada como SAP, síndrome da alienação parental. Antigamente essas coisas não possuíam nomes, não existiam livros para explicar, psicólogos eram artigo de luxo quando se tratava de problemas, principalmente em crianças.


Crianças, quando vítimas de SAP são mais propensas a:

• Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
• Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
• Cometer suicídio.
• Apresentar baixa auto-estima.
• Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
• Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado.


Nunca senti necessidade de freqüentar um psicólogo, mas cada caso é um caso, algumas pessoas se deixam afetar verdadeiramente, tanto que começam a ter sua vida inteira modificada por uma coisa do passado.
Quando conheço uma pessoa, procuro buscar sempre sua essência, quero conhecer seu crescimento como pessoa, tenho curiosidade pelo passado, porque por ele, muitas vezes consigo uma maior compreensão para com o hoje.
Claro que tudo tem sua exceção, eu posso lidar com um problema muito bem, mas o mesmo problema pode afetar irreparavelmente a vida de um outro alguém. Assim como um problema menor a vista de alguém, pode ser um buraco gigante para mim, e assim por diante.

Das reações descritas a cima, duas chamaram minha atenção, uma é a questão da ansiedade e outra é não conseguir uma relação estável quando adultas.

Muitas crianças sofrem traumas profundos ao termino da relação dos pais, na verdade não é o termino em si, mas sim o processo que ele envolve. Agressões, maus tratos, a não aceitação, a punição, a falta de respeito e a maior delas, a falta de amor.
Quando busco na memória, consigo resgatar diversas situações que remetem ao que sinto hoje em determinadas ocasiões, são algumas cicatrizes que antes pensei não ter, mas quando paramos para nos analisar, muita coisa passa a fazer sentido.
Uma observação válida é que o outro, ou as pessoas que estão ao seu lado, não são obrigadas a fazer esse tipo de leitura, ou ter esse entendimento profundo pelo seu eu. Por isso tente sempre ser claro e sincero consigo, não afaste o outro por medo de ser invadido, ou por qualquer outro motivo que um dia fez marcas em seu coração.
Você tem o poder de modificar tudo a sua volta, e só você é capaz de trazer a felicidade de volta a sua vida, ou melhor, só você pode decidir entre sofrer ou ser feliz, afinal, tudo é questão de aprendizado e entendimento.

Hoje sei que somos diferentes, vivemos, sentimos e encaramos as coisas de formas distintas. Não generalizo sentimentos e atitudes, primeiro eu conheço, depois eu sinto e finalmente acredito. Vejo tudo com mais amor, e finalmente, entendi que nem todo mundo quer deixar uma “marca” ruim em você.
Passado é passado, eu quero meu futuro cheio de coisas boas, e hoje é por isso que luto.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Caminho Árduo

Me vejo caminhando com passos certeiros, levemente espaçados pela dificuldade que a areia provoca. Sinto a força elástica de todos os músculos das minhas pernas, eles repuxam cada tendão, tencionam cada centímetro da minha pele.
O vento corta meu rosto, minúsculas partículas rebatem em cada parte do meu corpo, são como pequenas agulhadas superficiais que remetem a dor quase esquecida. Meus pés afundam a cada passo, sinto meus dedos se perdendo em meio a areia e posso sentir pequenas pedras ponte agudas nas pontas de cada dedo, na sola dos meus pés, massageando e torturando a pele já calejada.
Está frio, sinto o ar congelando minhas vias nasais, cortando minha garganta a cada milímetro inspirado e me lembrando friamente de que ainda estou viva.
A noite chega, a visão é comprometida pela ventania vinda do sul, uma névoa arenosa toma conta dos próximos metros, me cubro o máximo possível, me inclino para ganhar força em cada passo, levo minha mão ao rosto no intuito de proteger meus olhos já úmidos e irritados pelo clima.
Ando mais alguns metros e encontro uma fenda em meio as rochas. Entro me esgueirando, a magreza forçada ajuda, me sento e deixo com que a dor tome conta de cada músculo existente, alguns que até mesmo eu desconhecia. Adormeço, o cansaço não permite com que os sonhos se aproximem, quase como se minha mente exausta os expulsassem.
Pouco a pouco a luz invade o que chamaria de uma gruta feita pela erosão, abro os olhos com dificuldade, minhas pálpebras parecem estar coladas, mas aos poucos me acostumo com a dor que cada grão de areia provoca. Sinto uma sensação revigorante ao respirar o que parece ser um novo dia, posso sentir o oxigênio ser transportado para meus pulmões e acordando cada centímetro do meu corpo.
Quando arrisco colocar meu rosto para fora um sorriso elástico surge em meus lábios, o caminho árduo e duro acabou, e finalmente encontrei o que me parece ser o lugar perfeito para terminar essa caminhada.
Corro em meio as pedras, sem dar importância ao sentir cada corte aberto em meus pés, sem sentir a dor provocada por elas, sem nem me lembrar do caminho que até o dia anterior teria me deixado quase sem forças. Pulo na água gelada, cada pedacinho de rocha se descola do meu corpo, o tecido que uso se desprende e cola, quase com um ritmo constante.
Fico flutuando como se pudesse voar, abrindo os braços como se fossem asas, ouvindo o barulho surdo que a água provoca em meus ouvidos.
Não sei bem quanto tempo quero ficar ali, sentindo apenas cada sensação, sei apenas que encontrei, me encontrei.

domingo, 26 de junho de 2011

Recado

Depois que perdi meus pais criei um medo estranho em relação a relacionamentos. Não sei se foi pelo fato de ter minha mãe como melhor amiga, por ela ter uma sensibilidade única em relação ás pessoas ou por ser a única pessoa no mundo a me conhecer como realmente sou.
Tinha medo de me envolver com pessoas novas, que ela não conhecia, que nunca iria conhecer. Ficava com receio de perder minha essência, de não ter meu alicerce como proteção. Por isso passei a ter sempre um pé atrás em determinadas situações e pessoas.
Quando encontro meus antigos amigos me sinto completa novamente, amigos que presenciaram grande parte da minha vida, minha felicidade e sofrimento, meus ganhos e minhas perdas, enfim, eles sabem me enxergar como ninguém mais o faz.
Colegas nós temos ao monte, pessoas cuidando da nossa vida então, temos aos milhares. De hoje em diante não quero mais perder meu tempo e meus pensamentos com pessoas que não valem a pena. O tempo é o senhor das máscaras que caem, ninguém consegue manter a falsidade pra sempre e isso já foi me provado centenas de vezes.
Aposto que muitas pessoas colocaram a carapuça neste exato momento, com toda certeza terei alguns comentários maldosos e outros tantos malcriados. Quando fiz este espaço aqui ninguém tinha acesso, depois que comecei a divulgar as pessoas entram para saber da minha vida, porque geralmente escrevo muito sobre meus sentimentos. Outras acham que os textos são pra elas, ficam indignadas ou confusas, tiram satisfação ou perdem seu precioso tempo pensando.
Ai vem mais uma mudança, não irei mais falar sobre sentimentos, relacionamentos ou qualquer outro tipo de coisa que me exponha. Por quê?
Simplesmente porque quero que leiam sobre minha visão de mundo e não sobre minha vida, por isso não terei mais comentários aqui, meus amigos e admiradores podem falar diretamente a mim, se gostaram ou se identificaram com alguma coisa. Aos que se interessam por xeretar e comentar coisas desnecessárias, sintam-se livres e procurem alguém mais interessante para azucrinar.
Que focar meus objetivos no que amo fazer, estou escrevendo um livro e um roteiro e não posso deixar que críticas destrutivas me atrapalhem, mesmo porque tenho minha opinião formada sobre as coisas e tenho uma preguiça absurda do que não me acrescenta. Cansei de mentiras e pessoas vazias.
Enfim, recado dado. Muitíssimo obrigada aos que realmente me seguem e gostam do meu trabalho, continuarei escrevendo sempre e cada vez com mais freqüência.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Expectativas

Sabe quando você está doente e o remédio que tem que tomar possui um cheiro delicioso de morango, mas quando você toma a primeira vez nunca mais se esquece do seu sabor detestável?
Você está desejando uma deliciosa torta de limão, para no primeiro lugar que encontra, você olha na vitrine, ela tem a aparência mais apetitosa que já viu, mais na primeira mordida você desiste, porque o gosto é artificial demais?
Ou quando você é pequeno e descobre que as moedinhas de ouro eram na verdade de chocolate. Nesse caso não era tão ruim, porque você adorava os chocolates. (risos)

Eu estou querendo chegar no seguinte ponto, nem tudo o que parece, de fato é.
E isso não é culpa do remédio, da torta ou das moedas. Isso é culpa sua, é a sua expectativa que estraga tudo.
Desde o dia que cheguei a essa conclusão muita coisa mudou, mas se eu disser que parei 100% de criar expectativas, certamente seria mentira. Por mais que eu use esse escudo protetor anti-expectativas, sempre existe uma pequena falha que permite a entrada de algumas decepções.
Quando isso acontece eu fico bem triste, me cobrando pela falha de esperar algo diferente, detesto passar pela decepção de acreditar que uma pessoa é realmente aquilo que no fundo eu esperava. Mas é seguindo em frente que a cura chega, logo meu coração esquece e eu sigo tentando desenvolver ainda mais meu anti-expectativas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desentendida

Gostaria de saber qual é o ser humano que consegue prever a real intenção do próximo.

Me perguntaram se eu me faço de desentendida, ou se realmente não percebo as coisas. Na verdade não me importo com isso, se eu me importasse com certeza não teria mais paz de espírito. Muitas pessoas se aproximam de mim com alguma intenção, o ser humano é assim, infelizmente.
Mas não paro minha vida, eu sei quem realmente é meu amigo, quem me liga para saber como estou, quem me conforta quando não me sinto bem, quem sabe driblar essa minha mania de carregar o mundo nas costas, quem realmente me conhece.
Não me importo com o que pensam, me importo menos ainda com a forma que me olham, suposições são feitas a todo instante e eu realmente não faço esforço para mudar isso.
Me sinto confortável com a vida que levo, por saber o que quero, por ter meu caráter intacto mesmo quando as pessoas insistem em denegri-lo. Sinto tristeza em saber que algumas pessoas se afastam de mim, não pela minha pessoa, mas pelo que as outras pessoas provocam. Sei que é difícil, mas o que elas não sabem é que eu daria tudo para mudar isso.
Sou bem difícil, cheia de manias e cicatrizes, são poucas as pessoas que tem o poder de resgatar aquela Amanda de 6 anos atrás, e uma especificamente me deu esperanças, eu realmente tive vontade de tentar.
Mas como o percurso do rio é sempre inesperado, eu deixei o fluxo seguir livre, assim como eu, livre, apenas esperando que o caminho a frente seja calmo, como uma piscina de água natural.
Só gostaria que você realmente olhasse aqui dentro e pudesse ver minha verdade...

sábado, 18 de junho de 2011

É isso ai!

Gosto tanto de olhar para trás, mesmo com que algumas memórias me deixem um tanto tristonha, mesmo que nem tudo tenha sido da forma como imaginei.
Hoje vejo que a vida transformou meu olhar, minha ansiedade está controlada e essa simples mudança fez minha vida se transformar. As coisas vão acontecendo, seguindo num fluxo intenso, como um grande rio, largo e cheio de possibilidades.
Por mais que não tenha tudo o que desejo, tenho tudo o que preciso e me sinto cada vez mais completa.
Hoje escrevo pouco, mas com muita felicidade, apenas para dizer que se você não está feliz, olhe para o lado.
Sabe aquela história de que o visinho sempre tem o jardim mais verde do que o nosso?
Não passa de uma metáfora sem fundamento, sabe porque?
Porque muitas vezes o jardim pode estar verde, mas de que adianta se ele está cheio de vermes e fungos?
Muitas pessoas se julgam melhores e ostentam mais do que deveriam, mas a maioria delas fazem isso por infelicidade, ausência de felicidade na alma.
Seja feliz pelo que você é, pelo que pode fazer pelo próximo, pelo que pode fazer por si mesmo. Palavras podem ser a chave para soluções, ninguem tem paciência para ouvir o outro, eu tenho, não só para ouvir, mas para tentar dar conforto através das palavras.
Não ligo para o que dizem, alguns acham que me sinto dona da verdade, outros adoram ouvir o que tenho para falar. A vida é assim mesmo, somos todos cheios de visões diferentes e temos que respeitar a todas elas.
Espero sempre pode usar as palavras para um bem maior, alguém sempre irá se identificar de uma forma ou outra.
Um lindo final de semana a todos!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fuga constante

Tenho meu modo de encarar e viver a vida, e ouvi algumas recriminações que acabaram servindo de alerta para eu não me arrepender tarde demais.

Já me machuquei muitas vezes, todas por amor, mas amores diversos eu diria.
Todas resultaram em perdas e isso fez com que eu fugisse de tudo o que poderia me machucar.

Encontrei outra pessoa nessa jornada, parecida comigo nesse sentido,mas será que fugir é realmente a melhor forma de viver?
Fugindo você deixa de viver tanta coisa, claro que no meio disso vocî deixa de vivenciar coisas ruins, mas e as boas?

Eu quero me perder por alguem novamente, viver um amor de verdade, passar por cima de todas as minhas limitações.

Cada um tem uma maneira de fugir, a minha foi fechar as portas do coração para tudo o que me deixa fora do controle. Toda vez que eu percebia estar saindo de mim, na hora tomava uma atitude, na hora arrancava de mim qualquer sentimento.
Essa mania doida de saber quem é quem, de observar, de ver além. Isso acaba se tornando uma loucura, em menos de uma semana eu já sabia que não valeria a pena.
As vezes até tentava, mas algo sempre desviava meus sentimentos e eu me via sozinha mais uma vez.

Outras pessoas fogem, algumas colocam máscaras, outras saem com cinco pessoas ao mesmo tempo, sem se apegar a nenhuma delas.

Mas no meio disso tudo você se depara com uma pessoa incrível, logo sente que por ela perderia todo o controle imposto pelo seu coração,
a razão fala mais alto, o medo cresce, e você foge novamente. Viaja de um país a outro, muda sua rotina, muda de amigos, muda de amores, muda de pensamentos,
tenta afogar essa vontade de tentar novamente, de perder o rumo.
Escolhas são escolhas, mas no final disso o arrependimento sempre bate, o não saber, ou o saber demais, sempre acaba invadindo a mente, tirando o sono.

Assim como você, vou continuar meu caminho seguro, só quero que saiba que por você eu mudaria.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quando você quer, você faz!

Uma coisa que não consigo fazer, sorrir quando estou com vontade de chorar.

Para os leigos e desavisados, palavras são palavras, mas o real entendimento vem da reflexão. Eu uso metáforas e frases simples, para que isso possa ser desenvolvido de uma forma diferente em cada pessoa. Na verdade estou explicando isso, porque um ser iluminado anda me azucrinando por sua falta de entendimento..rs.

Enfim..

Cada dia que passa se torna mais difícil aceitar certas coisas, momentos e sentimentos. Se algo me incomoda, logo fica claro no meu rosto, meu olhar fica vago, focado no nada, meu pensamentos tomam conta dos meus sentidos e atitudes. Eu só quero sair, andar, tomar vento na cara, ir pra casa, meu refúgio, minha segurança.
Fica cada vez mais difícil de entender as pessoas, elas querem tudo de uma só vez, não entendem que muitas vezes precisamos abrir mão de uma coisa para ter a outra. Um exemplo claro, quando fazemos uma festa de aniversário, convidamos todos os grupos de nosso convívio, amigos da faculdade, do trabalho, do curso de dança, da escola, do antigo trabalho, convidamos a família e nosso respectivo amor. Durante a festa todos parecem felizes, mas você passa o tempo todo desviando de uma conversa a outra, sua atenção é entrecortada, e na realidade você é o único que não se diverte. Todos querem sua atenção, mas você é um só, o máximo que consegue é ter dez minutos de risadas com cada um. Seu melhor amigo sente falta de te ter inteiro, sua mãe fez um prato especial para o jantar, mas você estava tão apressado que nem teve tempo de comer. Seu amor fez uma surpresa incrível, mas que foi interrompida pela campainha meia hora antes.
As vezes é assim que vejo as pessoas, perdidas no meio de tanta gente, mas desejando estar apenas do lado de uma, ou até mesmo estar sozinho consigo mesmo.
Eu não tenho paciência para certas coisas, me irrito muito fácil com algumas atitudes, desisto do que não acredito e prefiro mil vezes ficar sozinha em casa do que sair com meia dúzia de pessoas e me desgastar. Ficar ouvindo desculpas e justificativas, quando pra mim existe apenas uma. Quando você quer, você faz, você acontece.

Por hoje é só...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

:::::....::::::

Fazia tanto tempo que não "sentia" uma música.
Sempre fui uma pessoa apaixonada e quando ouvia uma música, eu sentia ela, do fundo da minha alma.
Já estava sentindo falta de ter uma razão para sorrir a toa, pois é, eu encontrei, me encontrei!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Simplicidade

Ontem passei a tarde no hospital, foram tantos rostos, tantas histórias, uma diversidade de pessoas, costumes, tons de voz e olhares.
Pessoas tão simples, me senti frágil no meio de tanta gente, ninguém melhor do que ninguém e a espera é sempre a mesma. São todos sujeitos a doenças, a dor, ao desespero, a perda e a esperança.

Depois de algumas horas, um soro e um braço dolorido, eu finalmente fui liberada. Sentei em um banquinho ao ar livre, acendi um cigarro e observei um bando de pombos que pairavam por ali. Elas andavam sempre juntas, eram em seis, não pude deixar de observar a sincronia com que voavam, ora do poste ao chão, ora do chão ao poste.
Elas escolheram voar sempre juntas, ciscar e voar. Isso me fez pensar em uma coisa, será que elas usam os mesmo critérios para a "amizade"?
Ou será que pra elas basta apenas ser da mesma espécie? Ou será que a cor das penas ou o modo com que coordenam seu pescoços são um tipo de pré-requisito?

Acho engraçado pensar nisso, por vezes desejei ser apenas um pássaro, nem pequeno, nem grande, apenas um pássaro com assas suaves e rápidas. Um beija-flor talvez, rápido, independente, com cores fortes e um voo encantador. Mas voltando ao assunto inicial, como será que os animais escolhem seus parceiros, amigos, companheiros?
Não sei essa resposta, mas tenho certeza de que é de um jeito muito mais simples e humano do que nós fazemos.

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe

Existem 4 datas que me fazem ficar pensativa, amanhã é uma delas. Não vou falar de mim ou dos meus sentimentos, vou deixar um recado e com ele um pedido.
Muitas pessoas não dão valor a família, principalmente a sua genitora, estou falando de quem lhe deu a vida, sua mãe. Conheço algumas pessoas que só deram valor quando as perderam, e posso dizer que essa não é uma forma muito agradável de descobrir o amor.
Conheço outras pessoas que também perderam suas mães ,mas essas eram extremamente ligadas a elas, e por experiência própria digo que não é nada fácil perder sua melhor amiga. Por isso amanhã dê um abraço bem apertado em quem te dedicou a vida sua, não importa o quanto ela brigue, não importa o quanto ela não te entenda, ela é única, ela é sua única mãe.
Não deixe o tempo passar, pois ele não volta. Aproveite enquanto você pode, esse é o amor mais puro e verdadeiro que existe. O dia das mães é todo dia, o amor é diário, ser filho é eterno.
Eu tenho orgulho de ter demonstrando isso em vida e você fará o mesmo?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Devagar

O segredo é ir devagar, quase parando, com movimentos suaves e quase imperceptíveis. Flutuando em direção ao que se desconhece, vagando lentamente pelas aspirações e pelos desejos mais contidos.
Sinta a vibração, as energias que estão a sua volta todo o tempo, as indicações do seu próprio corpo, mente e intuição. Pare em alguns momentos, se permita, olhe ao redor, perceba o que o mundo está tentando te mostrar.
Nem tudo acontece da forma e no tempo em que desejamos, por isso, se aprender a sentir os momentos, tudo se torna mais prazeroso. Não temos todas as respostas, aliás, raramente temos a pergunta. Vivemos sempre nos "serás", nas incertezas ou quase certezas, afinal, tudo depende do seu ponto de vista.
Por isso eu volto a repetir, o segredo é ir devagar, apreciando cada gole do existente, e imaginando o sabor do inexistente, porque dependendo da sua suavidade, da sua persistência e do seu verdadeiro querer, ele chega.
A imaginação é a forma de vida mais interessante do mundo, se você souber administrar esse potencial, poderá existir em diversas formas, poderá atrair toda essa energia pra você, até ela se tornar real.

Hoje é um belo dia, em todos os seus possíveis sentidos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

.: LIFE :.

Imagine um parquinho de diversões, daqueles que os pais levam seus filhos para interagir com outras crianças. A maioria não se conhece, mas todos brincam, sem escolher cor, raça, opção sexual ou religião ; mesmo porque com essa idade ainda não fazemos idéia do que isso tudo significa; eis ai o ponto chave.
Quando somos crianças gostamos de todos, temos mil amigos e pelo menos 5 namoradinhos na escola. Nos apaixonamos por garotos 10 anos mais velhos e classicamente pelo professor de educação física. Sonhamos em ser astronautas, ou no meu caso marinheira (risos). Não vemos maldade nas atitudes, perdoamos com facilidade, choramos e sorrimos pelo menos umas 5 vezes por dia. Vemos o mundo como uma aventura, ficamos completamente extasiados por dormir na casa de uma amiguinha, comemos brigadeiro sem culpa em todas as festinhas. Falamos eu te amo com toda a sinceridade do coração, somos espontâneos, só vamos no colo de quem gostamos. Dançamos sem a mínima vergonha, assopramos as velinhas nos aniversários, dividimos a atenção com as demais crianças, principalmente com as menores, todos sempre assopram as velinhas com você. Não ligamos se aquele primo chato apareceu na festa, não esperamos nada e ninguém, ficamos felizes em fazer aniversário. Abrimos todos os presentes, e todos eles perdem logo o valor, facilmente são descartados por algo novo.

Pena que essa fase dura pouco, a mágica acaba. Começamos a escolher com quem ter amizade, seja pela aparência, pela idade, os grupos se subdividem pelas intenções. Perdemos a forma simples de ser, começamos a ter vergonha do que somos, a medir palavras e atitudes, com medo do que os outros vão achar, afinal, queremos nos manter no "grupo".
As festas de aniversário não são mais as mesmas, não nos importamos com o aniversário em si, e sim quem irá comparecer nele. Não queremos convidar aqueles "NERDS", ou os famosos excluídos, sofremos se o garoto mais bonito da escola não vai, ou se aquele paquera fica de conversinha com sua melhor amiga. Passamos a sentir vergonha, principalmente na hora do parabéns. Não abrimos todos os presentes, mas queremos ganhar muitos, e infelizmente começamos a ser materialistas. Não falamos mais eu te amo, principalmente para nossos pais, imagina se o pessoal da escola sabe disso? Dar selinho na mãe então, é o cúmulo da vergonha.
Nos agrupamos por status, não pela real essência das pessoas. Perdemos aquele brilho, não somos mais um só e sim um grupo.

Quando amadurecemos começamos a dar valor a primeira fase, ou pelo menos a maioria deveria, aquela em que somos verdadeiros, independente do que os outros achem. Fica explícito que somos sozinhos e agora nenhum grupo te pertence, você vive em uma diversidade e é assim que deve ser. Conhecemos pessoas de diversas religiões, de raças distintas, com lições de vida ainda mais diferentes que a sua, e aprendemos com elas. Deixamos o orgulho de lado, falamos eu te amo para quem realmente merece ouvir, sentimos falta de nossos pais e da facilidade com que expressávamos nossos sentimentos. Nos arrependemos por deixar de lado algo tão importante, tão simples e corremos atrás, tentamos reverter isso.
Voltamos a dançar sem vergonha, sem ritmo, sem graça, agora tanto faz, não precisamos agradar ninguém. Aprendemos que o vazio não agrada, muitas vezes é mais interessante ficar em casa e ver um bom filme, do que sair e encher a cara, principalmente com pessoas que não nos acrescentam em nada. O verdadeiro amigo é aquele que te aceita exatamente assim, do seu modo, a sua maneira, agora as coisas passam a ter mais sentido. O amor é a união de sentimentos, misturado com respeito, companheirismo e sinceridade. Defeitos e qualidades, soma e não divisão, admiração e apoio, luta, crescimento. Nossa, porque aprendemos isso tão tarde?
O tempo não importa, feliz é aquele que vive tempo suficiente para aprender, seja com seus erros, seja com as falhas dos outros. Feliz é aquele que tem tempo de reverter acontecimentos, mudar o final e não o começo, perdoar, se perdoar.
Feliz é aquele que vive bem consigo mesmo, sem esperar do outro o que deveria ser feito por si mesmo. Feliz é aquele que aprendeu a se amar, se respeitar, sem se cobrar, afinal, podemos sim ser mais do que um. Porque construir uma máscara dura, com um sorriso estampado na cara? Ser séria ou puritana? Sorrir quando se quer chorar?
Feliz é aquele que consegue conviver com seus diversos eu's, e principalmente, feliz é aquele que consegue amar cada um deles, com seus defeitos e qualidades.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Caindo na real

As vezes eu me canso de falar de mim mesma, dos meus sentimentos, das minhas vontades, inseguranças e indecisões. Mas como não falar de mim se a única pessoa que eu conheço de verdade e se importa comigo, sou eu mesma?

Hoje uma pessoa especial falou:
- Man, já vai fazer um ano que ficamos pela primeira vez.
- Nossa, e eu continuo sozinha.
- Você continua sozinha por opção.
- É tão difícil, a cada dia que passa eu me torno mais difícil.

Esse diálogo me fez pensar em milhões de coisas, a vida já me trouxe muitas pessoas especiais, cada qual com suas qualidades e defeitos, mas mesmo assim eu não abro meu coração. Não é por falta de querer, por falta de gostar, acho que é simplesmente por medo de perder alguém importante, mais uma vez, mais uma dor.
Chego a pensar que isso é uma defesa, uma covardia da minha parte, mas infelizmente ainda não consigo controlar isso.

Sempre tive vontade de viver um conto de fadas, mas quando finalmente me entreguei, me decepcionei. Isso me custou caro, foram quase 3 anos de recuperação, tempos difíceis onde eu finalmente aprendi a me amar e me respeitar. Cresci como pessoa, amadureci, conquistei muitos objetivos e hoje tenho medo de dividir minha vida com alguém.
Adoro ficar na minha casa, aprendi a gostar tanto da minha própria companhia, que as vezes me sinto até egoísta. Mudar meu ritmo, minhas escolhas e minhas vontades, parece ser algo duro de se fazer.
Quando percebo que alguém quer mudar meu jeito de ser ou até mesmo me convencer a outras coisas, eu me afasto. Sou uma idiota, preciso largar o medo de lado e me apaixonar loucamente. Quero sentir meu coração ansioso, quero ter vontade de sacrificar minhas noites de sono apenas para abraçar quem eu amo, quero fazer loucuras e surpresas. Quero acordar e dormir sentindo aquela saudade gostosa, ligar e falar boa noite.

Eu quero, mas não me permito. Espero um dia poder entender esse coraçãozinho aqui. Enquanto isso não acontece, só me resta minha própria companhia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Elástico

As vezes nem eu me entendo, como uma pessoa pode querer tantas coisas diferentes ao mesmo tempo?

Eu não era assim, quer dizer, acho que sempre fui. Sempre fui movida a emoções, novas, inesperadas e excitantes.
Só me acomodei uma vez, uma única vez me senti saciada, mesmo que por pouco tempo. Mas isso não durou muito, dessa vez não por minha escolha, neste momento foi a própria vida que não me deixou acomodar.

Dentro de mim existe um elástico, esse elástico é minha vontade, e raramente ele fica imóvel. Essa vontade varia de acordo com os meus sonhos, sou uma pessoa amante do que me trás um sorriso, um sentimento bom, uma sensação de estar completa.

Hoje o dia já acabou, mas ainda terei muito o que escrever em casa...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Era uma vez...

Em uma cidade bem pequena e antiga, daquelas onde todos se conhecem, existia um castelo enorme. Esse castelo possuía portões de ferro, lanças afiadas, uma ponte que mais lembrava um calabouço e era feito de blocos de pedras enormes.
Todos da cidade que pegavam a grande estrada para o norte, passavam na frente dele e se perguntavam quem seria o dono misterioso que nele morava. Ele ficava distante de tudo, no alto de uma colina bem íngreme, se não bastasse a imagem assustadora, ele ainda parecia completamente abandonado.
Em um dia chuvoso, um senhor acabou atolando sua charrete na colina, ele não era daquela cidade, ele vinha de uma cidadela ainda menor ao leste, trazendo consigo sua filhinha adoecida. Como ele não conhecia a cidade, saiu a procura de ajuda por perto e a única coisa que pode ver através dos clarões provocados pelos raios, foi o velho castelo. Na verdade ele parecia muito mais vivo com aquelas luzes todas, e o senhor não sentiu medo algum, pelo contrário, ele só queria um lugar seco para sua pequena se abrigar.
Ele correu pela ponte e bateu no portão gigante, o barulho foi estrondoso, mais potente do que qualquer trovão daquela noite. Ele bateu mais algumas vezes mas ninguém atendeu. Com o desespero ensurdecendo seus pensamentos ele forçou o portão, e para sua surpresa ele estava apenas encostado. O senhor voltou e pegou a pequenina em seus braços, ambos entraram castelo a dentro.
O interior do castelo era completamente diferente do que se via por fora, era tudo claro e arejado, um pouco confuso talvez, decorado com móveis de todas as épocas, cortinas de várias cores e tinha um aroma místico no ar.
Ele deitou sua frágil menininha em um sofá confortável, logo em seguida foi adentrando nos cômodos, afim de encontrar o dono, se desculpar pela invasão e pedir ajuda. Quanto mais ele conhecia, mais ele se encantava, o castelo parecia uma casa de bonecas, daquelas que você sonha acordado.
Depois de vasculhar a parte de baixo, ele subiu uma escada comprida e curva, que dava no andar superior. Olhou tudo, não havia sinal de presença na casa, apenas aquele cheiro delicioso que continuava no ar. Era uma mistura de flores do campo e âmbar, pêssegos e cidreira, uma mistura curiosa e perfeita.
De repente ele percebeu uma luz fraca no final de outra escada, ela era escondida bem no final do corredor lateral do castelo e o cheiro também parecia vir de lá. Movido por sua curiosidade, subiu silenciosamente cada degrau, um por um, controlando a respiração, afinal, não sabia ao certo o que podia encontrar.
Quando chegou ao último degrau ele parou, quase que esperando ser percebido, mas após alguns segundos percebeu que continuava sem ter sua presença notada. Ele tocou a maçaneta e empurrou a fresta já aberta, a luz fraca vinha de uma vela, queimando seus últimos milímetros de pavio. O perfume vinha de um pequeno queimador de essência, uma linha fina de fumaça subia conforme o líquido evaporava.
Se não reparasse quase não veria, no canto do quarto havia uma cesta, e algo se mexia, e de vez em quando fazia um som baixinho, quase como um filhote.
- Um cachorro talvez?
Ele deu alguns passos, e quando chegou bem perto pode ver que o que havia no cesto nada mais era do que um bebê, com o rostinho rosado e olhos cor de esmeralda.
-Mas o que um bebê faz sozinho no terceiro andar de um castelo vazio?

O senhor pegou o pequenino no colo e desceu para se juntar a sua filha. Ele conseguiu alguns biscoitos na cozinha e um pouco de leite, deixou de comer para dar as duas crianças. Pegou alguns cobertores num armário próximo e as cobriu, cantou uma música linda de ninar e quando acariciou seus rostinhos, uma coisa mágica aconteceu.
O bebê começou a ser suspenso no ar, seu cobertor caiu, ele girava e uma luz prateada começou a circular por ele, uma forma estranha se projetou e num piscar de olhos ele se transformou em uma bela donzela.
Sem entender nada o senhor perdeu as forças e quase caiu, com o sorriso mais meigo do mundo a donzela explicou:

"Muitas vezes usamos os olhos físicos para discernir, avaliar e julgar as coisas. Esse castelo parece sombrio, mas na verdade não existe lugar mais quente e acolhedor que este. As pedras parecem grotescas e as lanças perigosas, mas no seu interior a sutileza é agradável aos olhos. A ponte intimida, mas é apenas para separar os bons dos maus corações.
Você veio guiado pelo amor, o amor de sua filha, entrou com a humildade e saiu com a bondade, tirou da sua boca faminta para dar ao próximo. Alimentou e ninou uma criança indefesa, e sei que faria muito mais ao sair daqui. Levaria as duas e continuaria deixando de ter, para dar. Por isso quero que olhe sua pequena..."

Ao olhar, o senhor começou a soluçar de emoção, sua filha estava corada, com um sorriso sereno no rosto, um brilho intenso nos olhinhos e disse:

- Vamos pra casa papai?

Assustado e emocionado ele olhou para o lado, onde a linda mulher estava até então, mas quando se deu conta ela já não estava mais lá, a chuva havia parado, e apenas o perfume inesquecível ficou no ar.

Ele foi embora levando pelas mãos seu bem mais precioso, a vida de sua filha, o amor incondicional que não julga, não fere e não acaba.

"Os mais belos tesouros são escondidos nas mais escuras profundezas, encontra-los não é sorte e sim merecimento."

terça-feira, 12 de abril de 2011

Direita

Gostaria tanto de poder adentrar nos seus pensamentos, sentir seus sentimentos e descobrir a forma como me vê.
Tentei me proteger de todas as formas possíveis, deixei de amar por medo de sentir dor, me afastei ao invés de enfrentar, me escondi quando deveria ter mostrado meu rosto.
Não me arrependo de nada, porque hoje me sinto pronta, capaz de dividir tudo o que tenho, me sinto forte o bastante para cair novamente, e quem sabe desta vez não seja um pequenino tombo de amor, daqueles que apenas te tira o fôlego.
O difícil é saber para quem entregar todo esse sentimento guardado, hoje tento observar mais e sentir mais. Confio mais no meu instinto e no meu coração, sei que ele vai me guiar para o caminho mais bonito.
Já perdi muito tempo tentando transformar algo que jamais se transformaria, ao invés disso, hoje eu tento aceitar tudo exatamente como é, se não for capaz de fazer isso eu prefiro abrir mão, acabo passando por cima da minha felicidade momentânea, para não transformar em dor os envolvidos.
Tem quem não me entenda, peco pela minha indecisão, mas o que não se percebe é que não estou pensando apenas em mim, ou em um momento, eu penso em um todo, vejo além, adiante.
Não sigo um caminho quando sei que ele vai me levar a um lugar sombrio, prefiro virar a direita e tentar um novo. Estou errada por fazer isso?

Enfim, finalmente virei a direta, logo ali em frente. Não faço idéia de onde essa caminho vai me levar, mas certamente ele já é mais ensolarado, pelo menos por enquanto.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Saudade

Saudade.

Não é a toa que somos o único país a traduzir esse sentimento em uma única palavra. Alguns chegaram perto, no inglês, por exemplo, temos a expressão “I miss you”, que significa sinto sua falta.
Sentir falta de algo que passou, de uma pessoa ou talvez de um momento que nunca voltará. Isso tudo é muito vago.
Sentir saudade vai um pouco mais além.

A saudade provoca lembranças sensoriais, um cheiro pode despertar uma memória profundamente esquecida, e ao fechar os olhos é como se você pudesse vivenciar aquele momento novamente. Ao revivê-lo todos os sentimentos nele envolvido volta a tona, daí o termo sensorial.

Algumas pessoas evitam essa sensação, eu não. Eu gosto de reviver momentos, não que eu viva de passados, pelo contrário, nunca vivi tão intensamente o meu hoje, mas o passado trás respostas e faz com que eu entenda cada vez mais o que me tornei.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Escrevi este texto no final do ano passado, mas não senti vontade de postar.
Como tudo tem sua hora certa para acontecer, hoje acredito que ele se encaixe perfeitamente em alguns acontecimentos.


Eu sinceramente gostaria de descobrir porque as pessoas gostam de sabotar umas as outras.
Num ato de egoísmo muitas vezes acabamos interferindo na vida do outro, alimentando sentimentos inexistentes, criando expectativas e esperanças nos corações alheios.
Eu mesma já fui protagonista de muitos atos impensados, e aposto como pelo menos uma vez cada um de vocês também. Mas á partir do momento em que o coração em jogo é o seu, muitas coisas passam a ter mais sentido e finalmente o véu do egoísmo se esvai.
Você passa a perceber que um olhar mais doce pode despertar sentimentos incoerentes em alguém, que um toque talvez signifique para você apenas uma demonstração de amizade, mas para outra pessoa pode ser um convite para a paixão.
Acredito que existam pessoas apaixonantes por natureza, aquelas que possuem um sorriso cativante, um olhar doce, um charme incontrolável, onde cada gesto se torna hipnotizante. Mas a maior parte seduz por puro prazer, é como um alimento para seu próprio consumo, como um combustível para sua auto-afirmação.
Eu admito que ainda acabo confundindo as intenções de algumas pessoas, mas apenas com as que eu realmente espero alguma coisa. Esse é o grande erro do ser humano, esperar algo de alguém. Não devemos viver em função das atitudes de outrem, pois não existem equivalentes, somos todos diferentes um dos outros, mas ainda assim acabamos nos iludindo.
Olhares, palavras e promessas. Muitas vezes atitudes corriqueiras e impensadas, mas como distinguir alguma verdade disso tudo? Pessoalmente tento ser sincera em todos os meus atos, mas normalmente me sinto sozinha nesse longo caminho. Por isso duvido dos outros, existe tanta mentira e ilusão que a desconfiança passa a ser minha maior aliada.

"Só quem é de verdade sabe."

quinta-feira, 3 de março de 2011

Obrigada..

Hoje meu dia começou bem agitado, mas li uma mensagem tão linda que logo ele se tornou um dia especial.

"Seu blog é maravilhoso..
Aliás você é maravilhosa, acho que eu nunca conheci alguem tão humana quanto você,
e olha que eu nem li a metade ainda, mais já deu pra perceber que você escreve com a alma,
que você é uma ótima pessoa e não só um rosto bonitinho..
Se as pessoas fossem pelo menos 1% de como vc é, com certeza o mundo seria bem melhor.
Fico feliz por ter tido a oportunidade de te conhecer, de coração..Parabéns pela pessoa que você é!"

P.S: Se as pessoas deixassem o interesse de lado, o resultado seria esse, olhar o ser humano como ele é, por dentro, no seu ímpeto.
Se o orgulho não existisse, se o egocentrismo se dissipasse, só sobraria amor e admiração.


Obrigada por VOCÊ existir!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

É o fim...

É o fim da picada ter que moderar os comentários do meu blog, porque algumas pessoas sem a mínima noção usam esse espaço para denegrir minha imagem, ao invés de ler meus pensamentos.

Esse espaço é para pessoas que se identificam comigo, com meus textos, pensamentos e afins.

Compre um gato, arrume a casa, uma namorada ou seja lá o que for, mas me deixe em paz.

.: Aos meus lindos leitores: Desculpem a grosseria, mas se usam MEU espaço para me atacar, eu farei o mesmo com quem merece.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

.: :.

‎"Engraçado, algumas pessoas preferem uma mentira floreada a uma verdade bem dita.
Não gosto de expectativas, muito menos quando são sobre a minha pessoa.
Não consigo fingir sobre o que sinto, é impossível acreditar no inexistente."

É difícil agradar á todos, por isso mesmo que eu nem tento.
As pessoas sempre estão intencionadas, bem ou mal, mas estão. É ai que começa a confusão, se você corresponde a essa intenção, logo se torna "fácil" e seu encanto se esvai.
Se você não corresponde então, se torna diversas outras coisas. As pessoas criam expectativas em cima de um cenário criado por elas mesmas, se você não participa desse "teatro", seu personagem logo muda.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A vida é mesmo assim...

A vida é mesmo assim...

Já fui leviana, deixei o sofrimento avassalar muitos corações quando eu podia impedir que isso acontecesse.
Aprendi, que nada dura para sempre e nem sempre temos tempo para esperar por algo melhor.
Sofri, por ter perdido momentos e pessoas maravilhosas.
Me arrependi, por não ter tido sensibilidade suficiente para enxergar o que realmente seria bom para mim.
Chorei, muitas vezes, tantas quantas meus olhos puderam suportar.
Pulei, de alegria quando superei a mim mesma.
Sorri, quando percebi que não estou aqui de passagem.

Hoje eu vivo, sem esperar nada em troca.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Histórias

Não quero passar minha vida pensando no passado.

Ontem ouvi uma história triste, que me fez pensar muito a respeito de arrependimentos.

Há mais de 60 anos atrás, dois jovens se apaixonaram perdidamente, mas por um certo preconceito o relacionamento não foi adiante. A irmã da moça em questão tinha uma reputação um tanto quando duvidosa, isso fez com que o rapaz apaixonado não tivesse coragem para levar o namoro á sério. Naquela época a família era o procedente de cada um, e se um elemento dela não fosse correto a família toda acabava manchada.

A moça apaixonada não admitiu as conclusões tiradas pela família do amado e passando por cima de seus sentimentos, resolveu esquecer que um dia havia se apaixonado por ele.
Logo encontrou um novo rapaz, de boa família e coração puro. Namorou, noivou e casou. Tiveram três lindos filhos e uma vida cheia de lutas e realizações.
Ela perdeu uma filha e o marido, hoje com seus oitenta anos é uma mulher forte e cheia de caráter.

Um dia desses andando na rua ela se depara com sua antiga paixão e ouve dele: "Preciso lhe dizer uma coisa, não posso morrer sem abrir meu coração. Você foi e sempre será a mulher da minha vida, nunca, nem por um minuto sequer parei de pensar em você, nunca consegui lhe tirar da minha cabeça. Você é a mulher da minha vida."

Isso me fez pensar em muitas coisas, nos erros que cometi, nas pessoas que deixei partir, nos momentos que deixei a vida me dizer o que era certo, enfim, o medo de me arrepender assim, com mais de oitenta anos.
Sabe aquele amor que não deu certo?, aquela história inacabada?, aquela pessoa que não consegue tirar da cabeça?
Pois bem, não deixe o tempo passar, porque ele apenas adormece as feridas e cedo ou tarde elas reabrem, e poderá ser tarde demais para curá-las.

Não tenha medo de dizer o que se passa no coração, tenha medo de não dizer. Se arrependa de não ter tentado, de não ter amado, de não ter sofrido, de não ter chorado, de não ter perdoado, de não ter vivido.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Associações

"Tudo o que somos capazes de sentir não passa de associação."

Um grande exemplo pode ser claramente descrito quando pequenos, aprendemos na base da associação, formas, cores, sabores, sons, etc.
Depois de presenciar e testemunhar muitas coisas, nos tornamos capazes de associar as palavras á todos os tipos de sensações e experiências ainda na infância.
Mais tarde começamos a dar mais atenção aos tipos de sensações que algumas situações nos causam, nós só sabemos o que é ficar aborrecido, quando vivenciamos isso. Só entendemos o que a palavra fome significa, quando sentimos o que ela causa.
A dor da perda, o amor, a saudade, a angústia, a inveja, a raiva, a solidão, o medo, o frio, o calor, a paixão, o desespero e todos os milhares de sentimentos e sensações existentes e conhecidos.

Agora pare e imagine uma pessoa incapaz de associar objetos, cores, palavras.
Uma pessoa que nasce sem a capacidade de ver não tem condições de distinguir certas coisas, como explicar como é a com vermelha?
Como associar a palavra morango á fruta vermelhinha e doce que você come?
Ele pode até associar a "palavra" morango ao sabor que ela provoca nele, mas jamais poderá ter a felicidade de olhar aquela fruta cheia de pequenos pontinhos, sementes, como explicar como é uma semente?

Parei para pensar sobre esse assunto, pois semana passada aconteceu uma coisa especial na minha vida.
Eu danço há mais de 7 anos, e nunca havia presenciado ou tido a sorte de ter como um parceiro de dança, um rapaz surdo.
Conversamos um bom tempo através de sinais e leituras labiais, até ele me convidar para dançar. Nossa conversa estava tão gostosa que por muitos momentos esqueci que a pessoa que interagia comigo, não falava e nem ouvia.
Começamos a dançar, a dança foi tão mágica, entre nossos corpos existia uma sincronia única, difícil de encontrar. Foi entre uma dança e outra que percebi o que estava acontecendo, como uma pessoa que não escuta poderia ser tão ritmado?
Ele quase não perdia o compasso, dançava com a alma, com o coração.
Sem explicação eu me despedi, era hora de ir para casa e refletir sobre mais algumas coisas dessa vida, coisas que com toda certeza do mundo não se explica, pelo menos olhando com os olhos humanos, quem sabe talvez se começarmos a enxergar com a alma?


Amanda

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Closed

Existem dias em que nada me completa,
esta é a sensação que eu tenho.
Como se eu não me encaixasse em absolutamente nada,
talvez nem em mim mesma.
Nesses dias só consigo me sentir bem sozinha,
ou fechada dentro de algum sonho completamente surreal.

Momento introspectiva.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O amor

"A maior virtude do ser humano é amar sem questionar, é aprender com as qualidades de quem se ama e o mais importante, é transformar defeitos em qualidades. Amar não é julgar, muito menos reprimir e sim ensinar que um caminho pode ser melhor do que o outro.
Amar é aceitar e principalmente respeitar, é sentir com o coração e admirar com a mais pura verdade."