Um pedacinho da minha alma...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Associações

"Tudo o que somos capazes de sentir não passa de associação."

Um grande exemplo pode ser claramente descrito quando pequenos, aprendemos na base da associação, formas, cores, sabores, sons, etc.
Depois de presenciar e testemunhar muitas coisas, nos tornamos capazes de associar as palavras á todos os tipos de sensações e experiências ainda na infância.
Mais tarde começamos a dar mais atenção aos tipos de sensações que algumas situações nos causam, nós só sabemos o que é ficar aborrecido, quando vivenciamos isso. Só entendemos o que a palavra fome significa, quando sentimos o que ela causa.
A dor da perda, o amor, a saudade, a angústia, a inveja, a raiva, a solidão, o medo, o frio, o calor, a paixão, o desespero e todos os milhares de sentimentos e sensações existentes e conhecidos.

Agora pare e imagine uma pessoa incapaz de associar objetos, cores, palavras.
Uma pessoa que nasce sem a capacidade de ver não tem condições de distinguir certas coisas, como explicar como é a com vermelha?
Como associar a palavra morango á fruta vermelhinha e doce que você come?
Ele pode até associar a "palavra" morango ao sabor que ela provoca nele, mas jamais poderá ter a felicidade de olhar aquela fruta cheia de pequenos pontinhos, sementes, como explicar como é uma semente?

Parei para pensar sobre esse assunto, pois semana passada aconteceu uma coisa especial na minha vida.
Eu danço há mais de 7 anos, e nunca havia presenciado ou tido a sorte de ter como um parceiro de dança, um rapaz surdo.
Conversamos um bom tempo através de sinais e leituras labiais, até ele me convidar para dançar. Nossa conversa estava tão gostosa que por muitos momentos esqueci que a pessoa que interagia comigo, não falava e nem ouvia.
Começamos a dançar, a dança foi tão mágica, entre nossos corpos existia uma sincronia única, difícil de encontrar. Foi entre uma dança e outra que percebi o que estava acontecendo, como uma pessoa que não escuta poderia ser tão ritmado?
Ele quase não perdia o compasso, dançava com a alma, com o coração.
Sem explicação eu me despedi, era hora de ir para casa e refletir sobre mais algumas coisas dessa vida, coisas que com toda certeza do mundo não se explica, pelo menos olhando com os olhos humanos, quem sabe talvez se começarmos a enxergar com a alma?


Amanda

2 comentários:

Anônimo disse...

"Não julgue ninguém pelo primeiro olhar. Aprofunda tua visão e observe com o coração pois ao contrário, perderá mais uma oportunidade de enxergar o universo novo e maravilhoso que exite dentro de cada ser."

Anônimo disse...

saudade

N-P