Um pedacinho da minha alma...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Se permita

Como é bom poder ter a mente aberta e sem restrições, se permitir, flutuar de acordo com a linha de seus pensamentos.
Melhor ainda é deixar fluir, eu não funciono sob pressão.
Hoje mesmo estava aqui me forçando a escrever, li, reli, apaguei e recomecei algumas vezes. E eu nunca faço isso.
Escrever faz parte de mim, é como se fosse uma continuidade do meu ser, do meu pensar, do meu sentir e a grosso modo é isso mesmo. Como se eu entrasse em um transe e de repente transbordasse, palavras e mais palavras saem sem direção, mas sempre com um destino certo.

Uma sensação impagável, como aquela que guardamos eternamente na memória.

Uma tarde chuvosa no interior de SP, voltando do clube da cidade de bicicleta pela cidade inteira, de baixo de uma chuvarada, daquelas que conseguem abafar qualquer outro barulho. Eu comecei a dar gargalhadas, a sensação era tão boa, o vento batia no meu rosto trazendo cada vez mais água, meu cabelo escorria, eu já não ligava pra mais nada, só sentia.
Sendia minha respiração acelerada, meu corpo gelado e livre, a água encobria meus pés, eu quase não conseguia mais pedalar e isso era hilário, não conseguia parar de rir, e logo veio a vontade de gritar.
Eu gritava para minha amiga que estava poucos metros adiante, ela não me ouvia. Não existia mais barulho algum além do choro molhado do céu, e claro, dos meus pensamentos.
Essa foi a única vez em que meus pensamentos falados não foram ouvidos, e eu gritava.
Na época eu era apaixonada por um cantor famoso, sim, eu já fui tiete.(risos). Eu gritava seu nome o mais forte que podia, de uma forma tão pura, um amor tão gratuito, como que hoje sinto falta nas pessoas. Dizia "Eu te amo" e dava gargalhadas.
Se eu pudesse escolher uma sensação para não esquecer jamais, essa seria uma delas. Sentir a quietude do mundo e ouvir apenas água caindo, ouvindo meu coração batendo, minha respiração curta, meu cabelo ensopado, minhas roupas colando no meu corpo e meu sorriso tatuado.
Sentir uma felicidade sem motivos, apenas se permitir.

Quando se sentir angustiado faça isso, se lembre de um momento em que nada mais importava, apenas o sorriso no rosto e uma emoção verdadeira. Seja feliz, se permita.

2 comentários:

Anônimo disse...

"...felicidade que vem do próprio coração pode velar-se, mas nunca deixará de existir enquanto a vida durar. Enquanto se puder olhar sem temor para os céus, enquanto soubermos que somos puros de coração, teremos sempre a felicidade em nós."

Anônimo disse...

Os senimentos mais simples sao os sentimentos mais puros e que trazem afelicidade junto!!!!
Beijo!
André